Decisão de imigrar, mudanças e saudades.

Quando começamos a pensar mais seriamente na hipótese de imigrar, o que mais pensamos é sobre a distância que ficaremos de nossas famílias.
A melhor opção seria levá-los conosco, mas como isso é quase impossível, precisamos saber como lidarmos nessa situação. E digo que não é fácil.
A saudade é grande e só aumenta à cada dia dos pais, irmãos, sobrinhos, cunhados, cunhadas e vários amigos.
Tenho uma sobrinha que só conheço por fotos. Meu sobrinho está crescendo e vejo tudo isso apenas por fotos, vídeos e Skype.
Mas quando tomamos a decisão de imigrarmos, sabíamos que tudo isso já estava no "pacote".

Esse é o lado não tão agradável que todo imigrante passa. São vários aniversários e datas importantes longe daqueles que passamos décadas juntos.

Tudo isso deve ser levado em consideração quando pensarem em morar por um bom tempo em outro país.

Outra coisa que muitos não pesam na hora de imigrar é que em muitos casos o salário e até a posição profissional tem uma pequena queda, se comparado ao que tínham no Brasil.
Precisam pensar que no Canada as crianças acima de 4 anos irão para a escola, que não precisa pagar um tostão. Enquanto no Brasil uma mensalidade de uma escola razoável não sai por menos de R$800,00 para cada criança.
Sem contar na segurança e tranquilidade que terão morando num país com menos desigualdades.
Nunca passei por qualquer situação de medo aqui. Podemos ser assaltados no Canada? É claro que  podemos, mas as chances de isso acontecer aqui é muito menor do que no Brasil.

Entre começar do zero no Brasil ou no Canada, prefiro a segunda opção.
Uma pessoa com mais de 35 anos no nosso querido país é tratado como fora do mercado de trabalho ou velha para assumir qualquer posto. Agora imaginem começar do zero?
Só se passar num concurso público!

Mas pesando tudo e pensando nos prós e contras, ainda achamos que vale à pena imigrar.
O Canada nos dá muitas chances em melhorarmos de vida, termos mais chances de concorrermos às vagas de emprego, melhorarmos nosso ingles....

Abraço.

Roberto